A verdade nunca vem despida
Assim como a vaidade, a verdade...
Ah, aquela tão desejada e tão maldita.
Quando dita, sangra aos ouvidos de quem escuta
Desassossega aos mais tranquilos
É crua, mais crua do que a carne nua.
Mais maquiada que a mentira
Mais representada que a arte
Verdade versus a sinceridade...
Não se casa com a identidade, com a realidade...
Por isso, amigo leitor,
Não diga que sabes da verdade.
A verdade é um triângulo isósceles
Opondo-se dois lados iguais a uma contradição
Criando ilusões repetidas
Deixando em paz um coração cheio de feridas
Não acostumada com a solidão
Tão acostumado com recaídas...
A verdade
Aquela tão crua
Nem tão nua
Porém, amarga e certeira como uma flecha venenosa no peito choroso!