quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

terça-feira, 12 de maio de 2009

Todo economista também é leigo

Como eu sei se a economia do país vai bem ou vai mal? Simples. Eu não sei. Meu “termômetro econômico” são minhas idas ao supermercado, minhas contas mensais (inclusive os juros embutidos em alguma delas), meu lanche na panificadora ao lado, meus inocentes vícios, sobretudo “meu” ônibus e meu tempo.

“Porque o passado me traz uma lembrança do tempo que eu era criança”. Parafraseando a canção do “poeta daquela geração” para comparar preços daquela época com recentes, denotaria grandes mudanças com relação aos valores. Percebo que voltar para casa com mãos cheias de sacolas por ter gastado somente cem reais por aí já não é do mesmo modo. E que dez reais não valem nem uma dezena, que a popular nota de 1 real, de tão pouco valor, já desaparece do meio social, dando lugar a inconvenientes círculos metálicos, cujos mesmos representam valor equivalente.

De que vale o salário subir 50 reais e o resto entorno de nós, assalariados, subir 50 por cento? Como controlar contas se, de acordo com economistas, valores dependem de índices financeiros discutidos lá na p.....? Se o dólar sobe, então é ruim; todavia, se o dólar cai é pior ainda. Confuso!

A única coisa que nos faz entender essa ciência social – e me pronuncio em nome da maioria de brasileiros também leigos – é quando eu de fato preciso “economizar”, no sentido literal da palavra; ou seja, gastar menos do que de costume, abrir mão
de certos luxos (ou lixos), limitar vontades próprias e priorizar o que de fato é necessário. Meu raciocínio econômico limita-se na idéia de que a argumentação para nos fazer entender a economia é ampla e vaga, pois, ao mesmo tempo em que nos fazemos entender o nosso “pão de cada dia”, também não compreendemos o porquê das modificações.

O que de fato queríamos era comprar mais por bem menos que o atual, poder consumir sem estarmos com a sensação de termos sido extorquidos. Números, finanças, variações de valores são apresentados a nós diariamente por decisões tomadas na Bolsa de Valores de Nova Iorque. Isso pode até implicar nas decisões econômicas por nós envolvidos, porém jamais nos farão entender os problemas financeiros mundiais, inclusive os de dentro de casa; porque todo economista, assim como eu, é leigo.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Eu diria "Bettermatter"



Longe de mim falar bem ou mal de uma banda que pouco conheço. Mas, como ouvinte de primeira viagem, me permitem comentar sobre Hatematter. Não vou entrar em detalhes sobre a nomenclatura da banda, tanto porque o nome é uma arte que escolhem e, como dizem, a arte não se explica.

E por falar em noção artística, a banda Hatematter me impressionou muito, não só pela musicalidade e qualidade instrumental (se é que esse termo existe), mas também pela boa postura vocálica. Intercalada entre guturais e vocais mais limpos, o vocalista Guilherme Souza trabalha muito bem com o som que produz. Não sou nenhuma profissional de voz, somente admiradora da técnica. Isso que digo pode ser bem conferido em Death Inside, Lef in Pestilence e outras boas músicas.

Antes fossem mais uma banda de power/trash metal que surge por aí. Não menosprezando outros independentes que procuram um “lugar ao sol” para brilhar, tampouco querendo dar ênfase a um estilo que escuto, mas sim porque Hatematter consegue juntar o que esses estilos têm de melhor – melodia e agressividade. Basta Meagering in Vain e todos saberão do que falo.

Para finalizar minha medíocre e desnecessária, porém fiel participação, comento sobre Hatematter com a certeza de que a banda tem atitude, sabe o que lhe esperam e fazem bem aquilo que procuramos – um som do caralho (com o perdão da palavra), já fazendo parte do meu playlist.

Entre tantas boas músicas da banda a ser dita, comentar a música preferida é forçar uma manifestação de gosto, todavia podemos nos considerar formadores de opinião, não podemos? Portanto, estou aqui gratuitamente para dizer que Underworld é, sem dúvida, a melhor.