terça-feira, 12 de maio de 2009

Todo economista também é leigo

Como eu sei se a economia do país vai bem ou vai mal? Simples. Eu não sei. Meu “termômetro econômico” são minhas idas ao supermercado, minhas contas mensais (inclusive os juros embutidos em alguma delas), meu lanche na panificadora ao lado, meus inocentes vícios, sobretudo “meu” ônibus e meu tempo.

“Porque o passado me traz uma lembrança do tempo que eu era criança”. Parafraseando a canção do “poeta daquela geração” para comparar preços daquela época com recentes, denotaria grandes mudanças com relação aos valores. Percebo que voltar para casa com mãos cheias de sacolas por ter gastado somente cem reais por aí já não é do mesmo modo. E que dez reais não valem nem uma dezena, que a popular nota de 1 real, de tão pouco valor, já desaparece do meio social, dando lugar a inconvenientes círculos metálicos, cujos mesmos representam valor equivalente.

De que vale o salário subir 50 reais e o resto entorno de nós, assalariados, subir 50 por cento? Como controlar contas se, de acordo com economistas, valores dependem de índices financeiros discutidos lá na p.....? Se o dólar sobe, então é ruim; todavia, se o dólar cai é pior ainda. Confuso!

A única coisa que nos faz entender essa ciência social – e me pronuncio em nome da maioria de brasileiros também leigos – é quando eu de fato preciso “economizar”, no sentido literal da palavra; ou seja, gastar menos do que de costume, abrir mão
de certos luxos (ou lixos), limitar vontades próprias e priorizar o que de fato é necessário. Meu raciocínio econômico limita-se na idéia de que a argumentação para nos fazer entender a economia é ampla e vaga, pois, ao mesmo tempo em que nos fazemos entender o nosso “pão de cada dia”, também não compreendemos o porquê das modificações.

O que de fato queríamos era comprar mais por bem menos que o atual, poder consumir sem estarmos com a sensação de termos sido extorquidos. Números, finanças, variações de valores são apresentados a nós diariamente por decisões tomadas na Bolsa de Valores de Nova Iorque. Isso pode até implicar nas decisões econômicas por nós envolvidos, porém jamais nos farão entender os problemas financeiros mundiais, inclusive os de dentro de casa; porque todo economista, assim como eu, é leigo.

3 comentários:

Suellem Mendes disse...

Como sempre digo: vc escreve mto bem!
Mto pertinente o assunto...
Parabéns...
Bjuss!!!

Prof. Léo disse...

Realmente eh dificil traduzir esse mundo paralelo q eh a nossa economia. As vezes tenho esta msma sensação, aliás, tenho quase certeza: nem os economistas entendem isso direito. ehehehe. Belo Texto!

oskar disse...

hehe he ,ola belo blog !
A economia tem o seu que de leiga no mundo real,pois as economias de mercado sao apenas previsoes do que pode acontecer e raramente erram,sobra o irrealismo delas que apenas vivem de dados parciais .o que escreves tem toda a sua razao e legitimidade so que nos anos 80 quando surgiu a primeira grande crise moderna,os economistas (pretensiosos estudiosos )criaram um sistema de controlo unico de mercados,tornando-o bastante fechado,mas como em todas as economias fechadas(caso de cuba e outros)surgem as dificuldades de adaptacao aos novos instrumentos financeiros(a network,neste caso)a culpa desta instabilidade financeira deve-se sem duvida a imensa leiguice do economista tradicional em adaptar-se aos novos tempos tecnologicos,inventaram tanta coisa que agora se perdem em entender as suas evolucoes!E como tenho dito ,ainda nao deixei de comprar as minhas gangas e os meus dvd,s,nem tao pouco deixado de ir ao teatro ou ao cinema,a crise e assim tao elevada ou temos os ricos aflitos?