quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Papo cabeça!

O pai, muito preocupado com o comportamento introspectivo do filho e até um pouco suspeito, resolve conversar pacificamente com ele:

- Filho, pode se abrir comigo. Eu entendo esse tipo de situação, também já passei por isso. - disse o pai entrando no quarto e sentando à beira da cama do filho.

- Como ficou sabendo, pai? - perguntou o filho preocupado.


- Eu entendo meu filho, a primeira vez que me aconteceu, também queria esconder de todo mundo. Mesmo sendo boa a sensação, nos dá vergonha.

- Pai, eu juro que foi só uma única vez até agora. - responde aflito com a reação do pai.

- Até agora? Como assim? Pretende fazer mais vezes?

- Por que não, se é tão bom?- retruca o filho entusiasmado.

- Bom é. Lembro que a primeira vez que fiz isso eu estava com meus amigos. Queríamos experimentar a sensação todos juntos. - recordou.

- Com amigos, pai? Que nojo! Quem diria hein, quem te vê quem te viu...

- Nojo por quê? Como foi com você? - pergunta o pai, curioso.

- Com uma garota, lógico. Linda por sinal. - relembra - E ela quer de novo. Será que devo?

- NÃO! - o pai se altera - Vim aqui pra te aconselhar a não fazer isso mais.

- Mas por quê? - assusta o filho.

- Porque isso te trará problemas no futuro, meu filho. Você poderá virar um viciado, um maníaco, sabe lá o que... - disse o pai, todo embaraçado.

- Viciado nisso é fácil ficar mesmo. - reflete o filho, todo saliente. - Mas que tipo de problema isso pode trazer? Se for gravidez, pode ficar tranqüilo, pai, nós usamos camisinha.

- Camisinha? Do que você está falando? - o pai perguntou confuso.

- Ora, de sexo pai! - o filho responde todo feliz, fazendo gestos sexuais.

O pai, meio sem entender a reação do filho, mas aliviado, responde:

- UFA! - o pai levanta-se da cama todo contente e passa as mãos pelo cabelo conforme abria um sorriso pro filho.

- O que pensava? - pergunta o filho, agora confuso.

- Achei que falávamos... de drogas, maconha... - responde o pai, aliviado.

Entreolharam-se e começaram a gargalhar.


Pai e filho se abraçaram e, desde este dia, tornaram-se gr
andes amigos. Nunca mais houve incompatibilidade de informações entre eles. Agora, bastava se olharem e um sabia o que outro estava premeditando.

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